Risco de colapso coloca todo RS em bandeira preta

Com 90% dos leitos de UTI ocupados, mais de 600 mil casos e 12 mil mortos por Covid-19, o governador Eduardo Leite decidiu suspender o sistema de cogestão, que autorizava os municípios a flexibilizar as medidas de restrição.

A partir de amanhã, sábado, todas as regiões do Rio Grande do Sul deverão seguir os protocolos de bandeira preta pelo menos até o dia 7 de março.

A intenção da bandeira preta do Distanciamento Controlado é instituir o alerta máximo e reforçar a necessidade de cumprimento dos protocolos e das regras sanitárias.

O objetivo é suspender ao máximo as atividades para cortar o preocupante ciclo de contágio e evitar o risco de esgotamento da capacidade do sistema de saúde no combate ao coronavírus.

Prefeito de Picada Café apela por conscientização

O prefeito Luciano Klein demonstra preocupação com o aumento de internações e de mortes por covid-19 e salienta que os números também têm crescido no município. “Precisamos colaborar para que a situação não fique ainda mais crítica”, enfatiza.

Luciano lembra que o Governador acabou com o sistema de cogestão e com qualquer possibilidade de flexibilizar medidas de restrição.

A suspensão geral de atividades das 20h às 5h, determinada pelo Governo do Estado na última segunda-feira, 22, será mantida pelo menos até as 5h do dia 2 de março. 

 O que muda com a bandeira preta

Escolas - Ensino presencial liberado apenas para os alunos da Educação infantil, 1º e 2º anos do Ensino Fundamental. Para os demais alunos, incluindo o Ensino Superior, apenas aulas de forma remota.

Saúde - Por 15 dias, atendimento de urgência e emergência nos Postos do Centro e de Joaneta.

Conselho Tutelar - Atendimento mediante agendamento e visitas apenas em caso de urgência.

Serviço público - O atendimento na Prefeitura será por agendamento, com a redução no número de pessoas.

Serviços essenciais - Serviços essenciais à manutenção da vida, como assistência à saúde humana e assistência social, seguem operando com 100% dos trabalhadores e atendimento presencial.

Restaurantes à beira da rodovia - Podem atender com 25% da lotação e sem autosserviço. Essa definição também vale para lanchonetes e lancherias.

Outros Restaurantes - Podem funcionar apenas com tele-entrega e pague e leve, e 25% da equipe de trabalhadores. Essa definição também vale para lanchonetes e lancherias.

Bares - Fechados.

Salões de beleza - Cabeleireiros e barbeiros permanecem sem poder atender.

Comércio essencial - O comércio atacadista e varejista de itens essenciais, seja na rua ou em centros comerciais, pode funcionar de forma presencial, mas com restrições e equipes de no máximo 25% dos trabalhadores.

Comércio não essencial - O comércio atacadista e varejista não essencial, tanto de rua como em centros comerciais, fica fechado.

Missas e cultos - Podem operar sem atendimento ao público, com 25% dos trabalhadores, para captação de áudio e vídeo das celebrações. 

Bancos e lotéricas - Podem realizar atendimento individual a clientes, sob agendamento, com 50% dos funcionários.

Academias/Clubes - Academias, quadras, clubes sociais e esportivos também devem permanecer fechados.

Praças, parques e pontos turísticos - Fechados.

Eventos - Cursos de dança, música, idiomas e esportes não têm permissão para funcionar presencialmente.

Transporte - No transporte coletivo municipal e metropolitano de passageiros é permitido ocupar 50% da capacidade total do veículo, com janelas abertas.