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Cuidado com o uso de herbicidas

16/02/2024
Agricultura e Meio Ambiente

Cuidado com o uso de herbicidas


Resumo:


Profissionais da saúde estão cada vez mais preocupados com os danos causados pelo uso de herbicidas, especialmente os hormonais, tais como o 2,4-D, Fluroxipir, Triclopir, Dicamba, MCPA e Picloram. Herbicidas hormonais são aqueles que têm como mecanismos de ação o grupo das auxinas sintéticas, que são os fitormônios ou hormônios vegetais.

A Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente destaca que estes herbicidas requerem cuidado especial na aplicação devido ao alto potencial de contaminação de culturas sensíveis por deriva.

Toda pulverização de produtos feita fora das condições operacionais e meteorológicas adequadas pode gerar deriva de gotas e atingir cultivos vizinhos. Isto se torna um problema ainda maior quando há contato de herbicidas hormonais com culturas sensíveis, acarretando em perdas de produtividade e prejuízos econômicos importantes.

A diferença nos danos causados por um herbicida sistêmico, como é o caso do glifosato, quando comparado com um herbicida hormonal, que também é sistêmico, é a dose. Os herbicidas hormonais, como é o caso do 2,4D, são hormônios vegetais sintéticos e em doses muito pequenas causam um grande desequilíbrio de hormônios na planta sensível, causando danos irreversíveis e até mesmo a morte da planta atingida.

Boas práticas de aplicação

Conforme o cronograma de entrada em vigor nas Instruções Normativas da SEAPI 12 e 13, de 15 de setembro de 2022, a partir de 1º de janeiro de 2025 a aplicação de agrotóxicos hormonais em Picada Café somente poderá ser realizada por aplicador devidamente cadastrado no Cadastro Estadual de Aplicadores de Agrotóxicos (Secretaria de Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul).

Cuidados relacionados à condução climática

Para evitar prejuízos causados pela deriva, é importante seguir recomendações rígidas quanto às condições climáticas e do equipamento de aplicação.

O produto somente deve ser aplicado sob as seguintes condições meteorológicas: velocidade do vento entre 3 e 10 Km/h, umidade relativa do ar superior a 55% e temperatura ambiente inferior a 30°C.

Equipamento de aplicação

Quando a ponta de pulverização usada não é específica para o uso de herbicidas sistêmicos hormonais ou a regulagem e calibração não estão corretas, o produto aplicado fica sujeito à deriva na forma de gotas finas. O correto é utilizar pontas de pulverização com indução de ar para a produção de gotas grossas a extremamente grossas.

Recomenda-se que se utilize pontas de pulverização com indução de ar de jato leque - Pressão de trabalho: 30-70 lbf/pol²; Diâmetro de gotas: acima de 350 micra; Densidade de gotas: 30 gotas/cm²; e Volume de calda: 100 a 200 L/há.

Segundo o Capítulo 5, Art. 17 da IN 13/2022, fica proibida a aplicação de produtos com ingrediente ativo 2,4-diclorofenoxiacético (2,4-D) na modalidade aérea (avião e drone).

Para maiores informações busque o escritório municipal da Emater. Fonte: FolderA4-AENDA_24-D_Set-2019-1.pdf (aplicacaosegura.agr.br) e Hormonais - Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação .

Riscos para a saúde

A forma como denominamos - pesticida, agrotóxico ou defensivo agrícola - remete ao mesmo tipo de produto. Voltando um pouco na história, os agrotóxicos surgiram na Segunda Guerra Mundial, com o propósito de funcionar como arma química. Com o pós-guerra, o produto passou a ser utilizado como defensivo agrícola, sendo conhecido como pesticida, praguicida ou produto fitossanitário.

O uso excessivo de produtos químicos na agricultura reflete diretamente na saúde do consumidor. Por serem venenos ao organismo, os seres humanos podem ter reações indesejadas aos pesticidas. Muitas vezes, não sabemos ao certo quais são as causas de todas as alergias do nosso corpo e os agrotóxicos podem ser a resposta.

O consumo contínuo do herbicida também pode causar câncer, sendo os mais comuns de mama, cerebral, pulmonar e de próstata. Também pode causar infertilidade, pois os componentes tóxicos presentes nos pesticidas podem afetar a taxa de fertilidade de homens e mulheres e alterar a qualidade dos espermatozoides; e doenças nos rins, já que o corpo humano absorve e filtra tudo o que ingerimos. Nesse processo, os agrotóxicos podem afetar diretamente os rins, destruindo os tecidos renais.

Além disso, o ser humano pode desenvolver doenças cardíacas, visto que o glifosato, um dos agrotóxicos mais utilizados, é considerado agente causador de doenças do coração. Ele causa uma disfunção que posteriormente pode evoluir para falência do coração.

Os agrotóxicos podem eliminar insetos e outros organismos vivos que não são pragas à agricultura e que possuem importante função ecológica no meio ambiente.  Eles interferem na cadeia alimentar e reprodutiva da fauna e flora de um ecossistema e isso pode levar à extinção de seres vivos como as abelhas, que estão sendo eliminadas por causa dos agrotóxicos.


Fonte: Assessoria de Imprensa
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